A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da comercialização da pasta de dente Colgate Clean Mint em todo o Brasil. A decisão, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (27), ocorre após registros de efeitos adversos em consumidores. Não perca nenhuma notícia, siga nosso grupo no WhatsApp para ficar bem informado, clique aqui.
De acordo com a Anvisa, foram notificadas oito ocorrências, totalizando 13 eventos adversos relacionados ao uso do produto. Entre os sintomas relatados estão:
- Inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral;
- Sensação de ardência e dormência nos lábios e na boca;
- Boca seca;
- Irritação na gengiva;
- Vermelhidão.
A pasta interditada é a Colgate Clean Mint, uma versão reformulada da tradicional Colgate Total 12. A marca realizou mudanças na composição e no nome do produto, mas ainda não se pronunciou oficialmente sobre a suspensão.
Caso o consumidor tenha o produto com a embalagem secundária (cartucho de cartolina), deve procurar no rótulo o número do processo, na Anvisa, que é 25351.159395/2024-82, e caso tenha somente a bisnaga verifique se na composição há “fluoreto estanoso”.
Segundo a Agência, consumidores que sofreram eventos indesejados relacionados ao uso do produto devem comunicar imediatamente a Anvisa por meio dos canais de notificação Limesurvey e e-Notivisa.
Segundo nota do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp), todos os ingredientes usados em dentifrícios (pasta, creme ou géis dentais) para a escovação dos dentes são aprovados pela Anvisa como seguros à saúde geral dos consumidores e reações são raras. Pesquisas da área atribuem essa sensibilidade aos agentes flavorizantes usados (essências de óleos) e ao detergente aniônico lauril sulfato de sódio.
“Tem havido relato de pessoas que tiveram reações bucais de sensibilidade a dentifrícios. Algumas marcas modificaram suas fórmulas e retiraram o fluoreto de sódio (NaF) e substituíram por fluoreto estanhoso (SnF2). Porém, as reações adversas bucais que têm sido relatadas não podem ser atribuídas ao íon flúor (fluoreto) porque este é comum nas duas formulações”, explica o cirurgião-dentista Jaime Aparecido Cury, da Unicamp.
O uso do estanho na formulação tem o objetivo de melhorar a prevenção de doenças da gengiva, por conta de sua eficácia antibacteriana. Reações como a observada nestes casos em geral param logo após ser interrompido o uso do produto, e o conselho recomenda a interrupção caso haja reações.
Com informações da Agência Brasil