O ChildFund Brasil celebra 56 anos de atuação com foco na erradicação da pobreza e na melhoria da vida de crianças, adolescentes e jovens brasileiros em situação de vulnerabilidade social, assim como de suas famílias e comunidades. Nosso trabalho impactou, em 2021, 113 mil pessoas, direta e indiretamente, sendo 58 mil crianças e jovens de 769 comunidades de Itapiúna (OSC CEACRI) e 54 municípios brasileiros. Fomos eleitos por três vezes (2018, 2019 e 2021), a melhor ONG para crianças e adolescentes do país, pelo Prêmio Melhores ONGs.
Ao longo desses anos, a nossa organização precisou se transformar. Além do trabalho assistencial e de desenvolvimento social, passamos a contribuir com a instituição de políticas públicas, participando ativamente da elaboração de leis, como o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), em 1990, e, mais recentemente, com o Maio Laranja, sancionado este ano pelo governo federal, dedicado ao combate à violência sexual contra crianças e adolescentes.
Porém, ainda há muito a ser feito. Nos últimos anos, o mundo viu aumentar o número de famílias em extrema pobreza, principalmente em razão da pandemia de Covid-19. São famílias que vivem com menos de US$ 1,90 ao dia. No Brasil, não foi diferente. Para se ter uma dimensão do problema, até agosto de 2022, o país tinha mais de 20 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único, registro necessário para se ter acesso ao programa social Auxílio Brasil.
O Boletim Desigualdade nas Metrópoles aponta que, entre 2014 e 2021, a taxa de extrema pobreza mais que dobrou nas metrópoles brasileiras, chegando a 5,2 milhões de pessoas (6,3%). Para 2022, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) estima uma queda na extrema pobreza para 4,1%. E as crianças são profundamente afetadas por essa situação, crescendo com poucas condições de melhorar as condições de vida de suas famílias no futuro.
A atuação do poder público e de organizações não governamentais, contudo, não bastam. Transformar a realidade exige também a participação da sociedade civil, que pode contribuir de diferentes formas. No ChildFund Brasil, resultados não seriam possíveis sem a participação de todos, principalmente dos voluntários. E aqui, não estamos falando apenas daqueles que estão na ponta, na comunidade, colocando em prática nossos projetos. Contamos, também, com aqueles que contribuem apadrinhando uma criança e dispensando atenção e afeto, que são essenciais para o pleno desenvolvimento dela.
Temos, ainda, as empresas parceiras alinhadas às práticas ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG, na sigla em inglês). No ChildFund Brasil o “S” é fundamental, sendo uma referência no Terceiro Setor, mesmo antes do conceito ESG ser incorporado pela sociedade.
Um mundo em que todas as crianças e adolescentes tenham seus direitos respeitados e atinjam seu potencial. É para isso que trabalhamos há quase 60 anos no Brasil. Nossa meta até 2030 é alcançar cerca de cinco milhões de crianças e seus familiares no território brasileiro. Meta que somente será possível atingir se tivermos ao nosso lado a sociedade civil, governos, iniciativa privada e instituições parceiras para transformar, de maneira sustentável e efetiva, a realidade de brasileiros — crianças e suas famílias, destacadamente — submetidos a privações e em estado de vulnerabilidade financeira e social.
Sobre o ChildFund Brasil
O ChildFund Brasil, fundado em 1966, com sede nacional em Belo Horizonte (MG) e presente em sete estados brasileiros (Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Piauí e São Paulo) é uma organização que atua na promoção e na defesa dos direitos da criança e do adolescente, para que tenham seus direitos respeitados e alcancem o seu potencial.
A organização faz parte de uma rede internacional — associada ao ChildFund International e ao ChildFund Alliance — presente em 70 países e que gera impacto positivo a 23 milhões de crianças e suas famílias. No Brasil, beneficia a vida de mais de 110 mil pessoas, sendo cerca de 60 mil crianças e adolescentes, tendo sido eleita a melhor ONG para Crianças e Adolescentes do país por três anos (2018, 2019 e 2021) e com presença, também, entre as 100 melhores por cinco anos consecutivos pelo Prêmio Melhores ONGs.
Para realizar este trabalho, conta com a contribuição de pessoas físicas, principalmente por meio do programa de apadrinhamento, e também de doações de empresas, institutos e fundações que apoiam os projetos desenvolvidos.
Com informações de Joyce Mara – Gerente Sênior de Pessoas & Cultura do Brasil, Bolívia e Equador