Os tempos mudaram. Modos criativos e eficientes de comercializar são mais do que bem-vindos enquanto a saúde de todos estiver em primeiro lugar. Nesta perspectiva a Secretara do Desenvolvimento Agrário do Governo do Ceará resolveu dar um passo para estimular que agricultores familiares de todo o estado possam ganhar um aliado na venda de seus produtos. Está no ar o Portal dos Produtos da Agricultura Familiar, um espaço de interação entre oferta e demanda, produtor e comprador.
Agricultores dos 184 municípios poderão cadastrar seus produtos e contatos no sistema abrigado no sítio da SDA (www.sda.ce.gov.br), mais protegido da ação de atravessadores. Quem desejar inserir seus dados ou atualizar informações poderá entrar em contato com o escritório local da Ematerce ou a sede da cooperativa com acesso ao Sistema Estadual de Cadastro de Agricultores Familiares, Empreendedores Individuais e Empreendimentos Representativos (Secaf).
Esta iniciativa é fruto de uma ação conjunta debatida pelo Fórum de Gestores da Agricultura Familiar do Nordeste.
“O portal é consiste numa ferramenta capaz de fortalecer a agricultura familiar, diminuir a vulnerabilidade e criar a perspectiva da renda, através da segurança alimentar, mesmo neste período de pandemia”, destaca o secretário cearense Francisco De Assis Diniz, presidente do Fórum.
Pelo espaço de pesquisa da nova plataforma compradores podem procurar pelo produto, região ou cidade de preferência e até mesmo a cooperativa responsável pelo gênero. Assim ofertar alimentos como frutas, hortaliças e verduras de maneira dinâmica pode ajudar ainda na movimentação da economia.
Desde o início da crise provocada pela COVID-19 a Cooperativa Agroecológica da Agricultura Familiar do Caminho de Assis (Cooperfam) é exemplo de comércio alternativo ao atender pedidos pela rede social WhatsApp para a entrega de polpa de frutas e outros alimentos com preços abaixo do que é praticado em grandes supermercados.
Segundo De Assis, é preciso criatividade para manter-se seguro e garantir renda no campo. “As vidas são mais importantes neste momento, embora saibamos que a economia também é abalada. E quem mais sofre são os mais humildes”.
Fonte: SDA