No mês de conscientização sobre as hepatites virais, a Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covig), lança a Campanha Julho Amarelo. O objetivo é intensificar a prevenção e o controle das hepatites virais no Estado.
A Campanha Julho Amarelo faz referência ao 28 de julho, data escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a celebrar o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. Este ano, por meio da Lei 13.802, foi instituído julho como mês para chamar atenção da luta contra às hepatites virais, reforçando as iniciativas de vigilância, prevenção e controle do agravo.
Hepatite em números
Segundo o Ministério da Saúde, milhões de pessoas no Brasil são portadoras do vírus das hepatites B e C e não sabem, correndo o risco de evoluírem para a doença crônica, cujas consequências mais graves são a ocorrência de cirrose ou câncer hepático. O Brasil registrou 40.198 casos novos de hepatites virais. O Boletim Epidemiológico 2018 informa que os casos da doença são maiores em homens de 20 a 39 anos.
No Ceará, nos últimos dez anos foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 7.220 casos de hepatite virais e registrados 408 óbitos. Em 2018, foram notificados 99 casos de hepatites B e C, sendo 49,5% casos de hepatite B e 50,5% casos de C. Neste ano, até o dia 15 de junho, o Ceará registrou 186 casos de hepatites virais. Destes, oito relacionados à hepatite A; 75 de hepatite B, sendo um óbito, e 103 de hepatite C, sendo cinco óbitos.
Doença silenciosa
A hepatite é a inflamação do fígado. Nem sempre as hepatites apresentam sintomas, porém os mais comuns são olhos e pele amarelados, cansaço, febre, mal-estar, tontura, vômitos, dor abdominal, urina escura e fezes claras. Os tipos mais comuns são causados pelos vírus A, B e C.
A vacina é uma forma de prevenção contra as hepatites do tipo A e B. Quem se vacina para o tipo B, se protege também para hepatite D. A vacina está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Para os demais tipos de vírus não há vacina e o tratamento é indicado pelo médico.
As principais medidas de controle das hepatites virais de transmissão sanguínea e sexual constituem-se na adoção de medidas de prevenção como o incentivo ao uso do preservativo nas parcerias sexuais, o não compartilhamento de objetos contaminados como lâminas e seringas, por exemplo.
Com informações da SESA